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Izabela Hendrix utiliza educação física como ferramenta de inclusão de pessoas com deficiência

por rodrigo.melo — publicado 04/08/2017 16h58, última modificação 04/08/2017 16h58
Atividades atendem pessoas com comprometimento intelectual, motor ou sensorial
Izabela Hendrix utiliza educação física como ferramenta de inclusão de pessoas com deficiência

Educação Física Inclusiva é um projeto de extensão do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix que oferece atividades físico-esportivas a alunos com deficiência e os mais diversos graus de comprometimento intelectual, motor ou sensorial. A iniciativa dialoga com os princípios e valores da instituição, sempre engajada em ações que gerem impacto na sociedade.

O projeto acontece desde o início de 2015 e é fruto de parceria do Izabela Hendrix com a Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade (APABB). Sua atuação é baseada no conceito do esporte como instrumento de educação, participação e formação que contribui de forma significativa para o desenvolvimento pleno, a qualidade de vida e a inclusão social dos participantes.

O Educação Física Inclusiva realiza uma série de atividades, entre elas palestras, festivais, encontros, treinos e competições, festas, reuniões acadêmicas. Porém, as aulas diárias de práticas corporais para os jovens deficientes intelectuais são consideradas as ações mais relevantes, uma vez que servem de base para planejamento, treinamento e celebração das demais.

Inúmeros benefícios

De acordo com o professor Marcos Pinheiro, responsável pelo Educação Física Inclusiva, a convivência e amizade construídos ao longo das aulas e das vivências das práticas corporais são os principais benefícios para os participantes do projeto. “São coisas que têm o poder de promover uma interação entre pessoas como poucas experiências do dia a dia conseguem. Preconceitos sobre a deficiência, sobretudo a intelectual, são quebrados e o respeito às diferenças é fortalecido”, conta o docente, que também ressalta o aprendizado profissional dos estudantes do Izabela Hendrix e o ganho de autonomia e habilidade motora dos deficientes.

Os depoimentos de mães dos participantes do projeto são considerados importantíssimos e muito gratificantes por Marcos Pinheiro, principalmente porque envolvem a família como um todo. “Certa vez, uma mãe nos contou emocionada que seu filho adulto com transtorno do espectro autista, após participar dos treinos e da competição de futsal, parou pela primeira vez em sua vida para assistir uma partida de futebol na TV. Era a primeira vez que conseguia parar para assistir televisão. Essa mãe tirou fotos, chamou a família e fizeram uma festa, pois o filho tinha sido conquistado por uma atividade na qual se concentrava”, relata o professor. Revelações de que os filhos estão diminuindo as medicações e dormindo melhor durante as noites, ficando menos agitados, também são comuns no Educação Física Inclusiva.

Interdisciplinaridade e importância pedagógica

O projeto envolve os cursos de licenciatura e bacharelado em Educação Física diretamente, mas graduações como Nutrição e Direito são envolvidas por meio de palestras para os pais e responsáveis. A participação dos alunos ocorre de forma voluntária por meio de edital lançado a cada semestre. Atualmente, há oito estudantes participando da iniciativa, que também oferece a possibilidade de bolsa.

No Educação Física Inclusiva, os estudantes passam por formação teórico-prática para serem monitores e futuros profissionais da área. Os graduandos participam de todos os processos, planejamento, avaliação, execução, entre outras etapas. “Como projeto de extensão, as aulas realizadas são um laboratório para os alunos se capacitarem didática e pedagogicamente por meio da intervenção real orientada que os prepara para a atuação profissional. Ao mesmo tempo, buscamos oferecer à comunidade atividades de qualidade que realmente tenham impacto na vida dos participantes”, explica o professor responsável.

Educação Física Inclusiva na mídia

O Jornal Minas, da Rede Minas de TV, veiculou uma reportagem sobre o projeto. Confira:


Inclusão de deficientes auditivos

Outra ação do Izabela Hendrix que trabalha com a questão da acessibilidade é o projeto de extensão Qualidade de vida em deficientes auditivos usuários do Sistema de Frequência Modulada. Vinculada ao curso de Fonoaudiologia, a iniciativa promove estudos e formações para melhorar a qualidade de vida de pessoas que utilizam aparelhos para facilitar a captação de sons ao redor e compensar as limitações físicas existentes. Clique aqui para saber mais.