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Método Wolbachia visa combater o mosquito Aedes aegypti

por Roberta Parizotto publicado 01/10/2021 19h35, última modificação 01/10/2021 19h42
Cruzamento de mosquitos se mostra eficaz na redução de casos de dengue
Método Wolbachia visa combater o mosquito Aedes aegypti

Uma nova forma de combate ao mosquito Aedes aegypti foi o tema da palestra “Método Wolbachia e o controle das arboviroses diante da pandemia de Covid-19”, que aconteceu durante o VI Congresso de Pesquisa e Iniciação Científica e IX Semana de Responsabilidade Social e Extensão do Centro Universitário Izabela Hendrix.

O assunto foi ministrado por Ana Carolina Rabelo, Wesley Oliveira e Gabriel Sylvestre da World Mosquito Program, em parceria com a FioCruz, e Karla Christiane Teixeira da Silva, da Prefeitura de Belo Horizonte.

O método Wolbachia surgiu na Austrália, e consiste no cruzamento do mosquito Wolbato com o Aedes aegypti. Os filhotes nascem com a célula Wolbachia, que não transmite mais as arboviroses, doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos, como Dengue, Chikungunya e Zyka.

Os insetos produzidos em laboratório são soltos em regiões selecionadas uma vez por semana, durante o período de 16 a 20 semanas. Desta forma, vão substituindo a população de mosquitos existente no local. É um método sustentável, com comprovação científica, que apresentou resultados positivos em países como Colômbia e Vietnã.

O Brasil, que em 2020 teve oficialmente registrados quase um milhão de casos de Dengue, segundo dados oficiais da World Mosquito Program/Fiocruz, recebeu o experimento na cidade de Niterói, RJ, e segundo a mesma instituição, a região apresentou redução de 60% nos casos de Chikungunya e 77% nos casos de Dengue, enfermidade que afeta 390 milhões de pessoas em todo o mundo.

Parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, a região de Venda Nova foi o projeto piloto do método. Uma parceria com os agentes de saúde, moradores e comerciantes foi estabelecida pensando na maneira mais eficaz de divulgação do método.

Na segunda fase foram contempladas as regiões da Pampulha, Nordeste e Centro Sul. Na terceira fase, as regiões Leste, Barreiro e Oeste. A cidade também é sede da biofábrica para produção dos vetores, monitoramento e controle.

O projeto é financiado pelo Ministério da Saúde e executado pela Fiocruz e atua em parceria com os Estados e Prefeituras. A World Mosquito Program é um programa global, sem fins lucrativos, e atua nos países protegendo as populações das doenças transmitidas por mosquitos.

A coordenadora do curso de Ciências Biológicas, professora Danielle Marciano, foi mediadora da palestra e acredita que foi uma excelente oportunidade de partilha e conhecimento sobre a alternativa para o combate à Dengue. “Entender as ações do programa e ver que nossa cidade foi escolhida para o piloto, fez com que os participantes e, acima de tudo, os alunos, começassem a torcer pelo projeto”, finaliza.

Clique neste link para ver a palestra

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