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NPJURIH assiste casos de práticas abusivas em empréstimos

por Isabela Carvalho publicado 04/07/2019 16h00, última modificação 04/07/2019 16h00
NPJURIH assiste casos de práticas abusivas em empréstimos

O Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJURIH) do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix inicia, em parceria com o curso de Ciências Contábeis, um projeto de extensão com a finalidade de auxiliar pessoas lesadas por empréstimos bancários, priorizando o público idoso. O projeto é sobre a atuação do profissional do Direito e das Ciências Contábeis em averiguar juros e práticas abusivas em empréstimos.

A coordenadora do NPJURIH, professora Carine Diniz, falou sobre o trabalho do núcleo nestas ações. “É um projeto que já pretendíamos desenvolver a mais tempo. Com essa parceria com o Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF), conseguimos colocar em prática essa atividade de proteção às pessoas idosas”, explicou.

Carine falou também sobre a situação dos casos assistidos no projeto. “A recorrência de empréstimos é um fato que vem impossibilitando a manutenção do idoso no seu dia a dia. Em alguns casos, o idoso não consegue receber nada, devido aos descontos, que são feitos no contracheque em razão de empréstimos”, acrescentou.

A coordenadora do curso de Ciências Contábeis, Norma Saraiva, falou sobre a atuação do NAF e a finalidade do projeto. “O propósito é ser um projeto social e mostrar aos alunos a necessidade de ajudar a comunidade com o conhecimento adquirido na graduação, auxiliando pessoas carentes de informação e conhecimento. Além da parte social, que é importante para os alunos do Izabela, o NAF também permite a aquisição de conhecimento de uma área atrativa para o profissional da contabilidade”, concluiu.  

Atuação dos alunos

O aluno do 7° período de Ciências Contábeis Leonardo Ferreira falou sobre o projeto e a atuação dos cursos. “A parte de Direito lida com toda a jurisprudência do processo e a parte contábil fica responsável pelos cálculos e, em conjunto, os dois conseguem elaborar o serviço para as pessoas. Alguns bancos acabam cobrando juros abusivos e, muitas vezes, as pessoas não tem explicação a respeito deste fato”, comentou.

Giovane Oliveira, estudante do 9° período de Direito, falou sobre os casos. “São situações recorrentes, principalmente pelo fato das financeiras focarem no público idoso. Os bancos incentivam muito a realização de empréstimos e refinanciamentos e o idoso acaba acreditando e entrando em um mar de dívidas, porque os juros vêm aumentando”, explicou.

Danielle Nascimento, aluna do 8º de Ciências Contábeis, falou sobre dinâmica do trabalho realizado pelo núcleo. “Fizemos com os alunos de Direito, como se fosse uma perícia extrajudicial, pois antes de encaminhar para a justiça é necessário verificar os cálculos referentes a empréstimos e juros abusivos que podem ocorrer”, comentou.

Experiência profissional

Segundo os alunos, a atuação no projeto e nos casos, agrega na vivência profissional deles. Giovane Oliveira disse que para a vida profissional é interessante por ser um ramo não tão desenvolvido. “No Direito, esse tipo de caso é interessante para quem tem interesse na área do consumidor. Quando se trata de empréstimos bancários, geralmente os advogados não focam em como foi feita a contratação do empréstimo ou qual foi a abordagem do banco, então ter uma direção nesse tipo de procedimento é interessante”, completou.

Segundo o aluno do 8° período de Ciências Contábeis Pedro Gonçalves, o projeto auxilia na vida profissional por fazer uma junção de diferentes áreas de atuação. “O contato com o Banco Central nos ajudou a pesquisar as informações para identificar qual é a média de crédito direto ao consumidor que as empresas trabalham hoje”, concluiu.

O trabalho do NPJURIH 

Segundo a professora Carine Diniz, o núcleo desenvolve projetos com pessoas em situação de vulnerabilidade. “O objetivo é ajudar juridicamente pessoas em vulnerabilidade social. Em relação à atividade bancária, acreditamos que o idoso está nessa situação em que sofrem abusos de instituições financeiras e não sabem como se proteger”, explicou.

O NPJURIH funciona como um escritório modelo, em que os alunos do curso de Direito atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social, com renda familiar inferior a três salários mínimos.

Os atendimentos do NPJURIH são realizados todas as segundas-feiras, das 19h às 21h. Os agendamentos são feitos pessoalmente ou por telefone (31 3244-7238) de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h, sendo necessário apresentar Carteira de Identidade, CPF, comprovante de endereço e Carteira de Trabalho.

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