Professora do curso de Direito vai a Barcelona para pesquisa sobre tráfico humano
Em um só dia, 12 milhões de pessoas são vítimas de tráfico humano em todo o mundo. De acordo com dados da ONU (Organização das Nações Unidas), o crime movimenta 20 milhões de reais diariamente apenas na Espanha. E o Brasil está incluso na rota das organizações que promovem esse tipo de violência.
Professora do curso de graduação em Direito do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, Giselle Fernandes Correa da Cruz também é doutoranda em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e desenvolve pesquisa cujo tema é a violação de Direitos Humanos das brasileiras vítimas de tráfico de pessoas para fins de exploração sexual na Espanha.
Com o objetivo principal de realizar um trabalho de campo para a sua pesquisa, a docente passará uma temporada na Universidade de Barcelona em estágio doutoral financiado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e com coorientação de Markus González, professor de Direito Constitucional da instituição catalã. A viagem está marcada para 1 de outubro deste ano, com previsão de retorno após 4 meses, em fevereiro de 2018.
A oportunidade para a realização do estágio doutoral na Espanha surgiu em junho de 2016, quando Giselle esteve em Barcelona para a Jornada Acadêmica da universidade local. “Fui com a equipe de professores e pesquisadores do Programa Cidade e Alteridade, da UFMG, no qual também atuo como pesquisadora na área de Direitos Humanos. No evento, surgiu o interesse e a oportunidade de desenvolver um projeto de pesquisa social aplicada sobre as brasileiras vítimas de tráfico humano que estão por lá para exploração sexual”, conta a docente.
Giselle Fernandes Correa da Cruz acredita que seu intercâmbio poderá contribuir para a aproximação entre os cursos de Direito do Izabela Hendrix e da Universidade de Barcelona. A expectativa é que as instituições possam estreitar laços para futuros projetos conjuntos de ensino, pesquisa e extensão.
A professora também espera trazer contribuições para acrescentar ainda mais qualidades ao curso de Direito do Izabela Hendrix. “Certamente, a experiência de uma pesquisa social aplicada no campo do Direito contribuirá bastante. Além do meu desenvolvimento como pesquisadora, pretendo compartilhar novos conhecimentos e experiências com os colegas docentes e os alunos”, revela Giselle.
Sobre a importância do Izabela Hendrix na nova etapa de sua carreira, a docente destaca o suporte que tem recebido da instituição. “Para mim, é um orgulho e me sinto muito acolhida por todos, sobretudo pelos professores Marcelo Jabour e Luciana Calado Pena, que têm me dado todo o apoio e condições de trabalho para encarar um grande desafio neste momento de crescimento profissional”, afirma. Além de ser docente, Giselle também coordena os projetos de extensão universitária Justiça Restaurativa Comunitária e Mediação de Conflitos do Núcleo de Práticas Jurídicas.