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Professora do Izabela Hendrix desenvolve estudo sobre o perigo das radiações eletromagnéticas emitidas por antenas de celulares

por Instituto Metodista Izabela Hendrix — publicado 26/04/2010 05h00, última modificação 15/12/2015 16h17

Conscientizar a população sobre a importância de cobrar das autoridades maior compromisso com a saúde pública. Este é um dos objetivos de Adilza Condessa Dode, professora das Engenharias do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, que desenvolveu um importante estudo sobre a relação de óbitos por câncer e as radiações eletromagnéticas emitidas por antenas de celulares em Belo Horizonte.

Para fazer a pesquisa, Adilza analisou 4.924 casos de mortes provocadas por câncer - relacionadas à radiação eletromagnética - entre 1996 e 2006. O resultado apontou que mais de 80% dos óbitos eram de pessoas que residiam em até 500 metros de distância de antenas de telefonia celular. Para a obtenção dos dados, a professora, dona de uma empresa que trabalha com medição de radiações eletromagnéticas, utilizou recursos de geoprocessamento, inéditos nesse tipo de estudo. O recurso possibilitou determinar a distância entre as antenas e as vítimas do câncer, por meio de programas de computador que utilizam mapas e plantas. 

Os resultados do estudo desenvolvido por Adilza ressoam também em suas aulas no Izabela Hendrix. Preocupada com a formação dos futuros engenheiros, ela comenta que aborda frequentemente o assunto em sala de aula. "Aconselho-os sobre a utilização do celular e recomendo que acessem meu site, onde existem artigos e outras informações referentes ao assunto. Eles têm gostado muito". A professora destaca ainda que, sempre que possível, elabora atividades para a conscientização dos estudantes. "Promovo a exibição de filmes e discussões sobre o tema, procurando mostrar aos alunos a gravidade do problema e o que pode ser feito para que haja mudanças", salienta.

 Investimento em pesquisa

Segundo Adilza, uma importante ferramenta que pode e deve ser utilizada para enfrentar os desafios contemporâneos é a pesquisa. Ela acredita ser esta uma das maneiras de chamar a atenção das autoridades e amenizar os problemas causados por impactos ambientais. "Procuro sempre orientar meus alunos a investirem em pesquisas. Não adianta brigar com o governo, temos que encontrar outras saídas e a pesquisa é uma delas", ressalta. A professora acredita ainda que seu estudo contribuirá para que haja diminuição do nível de radiação eletromagnética a que estamos expostos, que é muito alta, conforme concluiu.