Projeto de extensão promove recuperação de voçoroca e leva melhorias à região da Unidade Fazendinha
O nome voçoroca é dado aos grandes buracos de erosão causados por chuvas, ações do homem ou por variados fatores climáticos. Trata-se de um fenômeno geológico que geralmente ocorre em solos pobres, secos e pouco sedimentados, nos quais a vegetação é escassa e a estrutura terrestre desprotegida se torna suscetível ao carregamento por enxurradas.
Desde 2015, o Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix mantém um projeto de extensão voltado à sustentabilidade ambiental intitulado “Proposta da Recuperação de uma Voçoroca por Bioengenharia do Solo em Sabará, Minas Gerais”. A iniciativa foi concebida em parceria com a renomada empresa Deflor Bioengenharia.
O projeto propõe a recuperação de uma voçoroca localizada na unidade Fazendinha, que é parte da infraestrutura do Izabela Hendrix, e integra os conteúdos teóricos e práticos para os alunos dos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária e Engenharia de Produção, graduações envolvidas nas atividades. Além disso, a iniciativa mapeia as áreas de risco e promove a conscientização ambiental quanto ao uso e ocupação do entorno.
A técnica utilizada para a recuperação da voçoroca é Bioengenharia do Solo. “O projeto atua em área de risco geológico, localizada em solos propícios à movimentação de massa e as residências que margeiam a voçoroca estão sob risco de danos estruturais devido à falta de planejamento do uso do solo. Essas casas estão muito próximas da voçoroca, o que ocasiona riscos à sua estrutura física”, explica Elizabeth Rodrigues Brito Ibrahim, professora do Izabela Hendrix e uma das responsáveis pela iniciativa ao lado da docente Andressa Amaral de Azevedo.
Sobre os resultados positivos do projeto, Elizabeth Rodrigues Brito Ibrahim destaca que a restauração da voçoroca minimiza as áreas de risco da paisagem do entorno, promove interdisciplinaridade entre os professores e estudantes envolvidos e insere os discentes em atividades práticas. “Além disso, os alunos estão colocando em ação técnicas de última geração para recuperação dos solos, o que os deixa diferenciados no mercado de trabalho”, ressalta.