Museu De Arte Urbana, Belo Horizonte, MG – Marcelo Auler – Orientador: Fábio Queiroz

Museu De Arte Urbana, Belo Horizonte, MG – Marcelo Auler – Orientador: Fábio Queiroz

A PERGUNTA: Como atender a população contemporânea dos centros urbanos com um equipamento cultural em consonância com as mudanças do século XXI?
A ARTE: Estudar a história da arte é entender a história da humanidade, cada sociedade adota um movimento artístico em sinergia com seu contexto. A sociedade do século XXI, assim como seu principal movimento artístico, a arte urbana, têm fortes características de transgressão, agressão e transformação do contexto estabelecido pelas sociedades do século XX. Movimento que frequentemente chamamos de “anti-establishment”, marca a fundação da concepção arquitetônica deste trabalho final de graduação. As palavras-chave e termos que norteiam este projeto são: agressão, transgressão, invasão, protesto, mudança, corte, limpar sem higienizar.
O LOCAL: Situado no centro de Belo Horizonte, o lote se posiciona no coração do maior fragmentador urbano da região, entre as movimentadas pistas da Avenida do Contorno e a linha férrea, gerando ilhas de grandes vazios urbanos, separando os bairros que circundam o centro. Local de grande fluxo de pessoas, forte presença de artes urbanas e diversidade cultural vigorosa. A localização do terreno ainda permite conexão visual com o mirante de arte urbana, na Rua Sapucaí.
O MURO: O “muro” é o símbolo do século XX,
é separador, segregador, opressor.
É a materialização do establishment.
O “muro” é o símbolo do século XXI,
é a materialização do anti-establishment.
É o canvas da arte urbana.
O MAU, Museu de Arte Urbana, é posto no centro da cidade como um grande corte na tradicional malha urbana de Belo Horizonte, a arquitetura se confunde entre edifício e passarela, conectando fragmentos urbanos em uma intrínseca organização de fluxos e caminhos que permitem a permeabilidade do público com o programa arquitetônico que um museu exige. A concepção do projeto traz uma “facada” na tradição. Um edifício que é “muro” e “ponte”, uma barreira que conecta, um museu que é o próprio canvas.

 

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