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Apresentação

por Ebenezer Da Silva Melo Junior publicado 29/04/2016 13h37, última modificação 19/12/2017 12h06

O Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix tem em sua história, uma trajetória de experiências voltadas à educação popular, marcadas profundamente pela atuação de docentes e discentes junto aos movimentos populares e pelo seu envolvimento e compromisso junto a segmentos da Igreja como a população pauperizada e excluída.

Concomitantemente, ao longo de um decurso temporal, a partir da aproximação das universidades com atores da sociedade civil e dos problemas reais, este desejo de mudança social da realidade foi traduzido no âmbito das universidades através da extensão e, posteriormente, formalizado em legislações e articulações da sociedade.

Este movimento se refletiu em algumas iniciativas bastante importantes, a exemplo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei nº 9394/96, no capítulo IV, Da Educação Superior, artigo 43, ao estabelecer que as IES tem como fim: (...) IV - Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações e de outras formas de comunicação. VI – Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade. VII – Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.

Em 1999, fundou-se o Fórum Nacional de Extensão e Ação Comunitária das Universidades e Instituições de Ensino Superior Comunitárias, com o apoio da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (ABRUC) e Associação Brasileira de Escolas Superiores Católicas (ABESC). A criação deste Fórum, cujo o Izabela Hendrix filiou-se em 2014, foi importante para fortalecer: “uma cultura de Extensão, desenvolvida pelas instituições comunitárias, especialmente as atividades voltadas para a eliminação da pobreza, intolerância, violência, analfabetismo, fome, deterioração do meio ambiente, doenças e, principalmente, por meio de uma perspectiva concreta, interdisciplinar e transdisciplinar que contribua para flexibilizar a produção de solução aplicáveis para problemas e questões da contemporaneidade.” [1]

O Plano Nacional de Extensão Universitária, elaborado pelo Fórum Nacional de Pró-reitores de Extensão das Universidades Públicas e pela Secretaria de Educação Superior do MEC (2001) estabelece como objetivo a importância de se “reafirmar a extensão universitária como processo acadêmico definido e efetivado em função das exigências da realidade, indispensável na formação do aluno, na qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade”.

A importância da extensão universitária enquanto atividade-fim e acadêmica foi também reconhecida pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) que a inclui na avaliação das IES. Segundo o SINAES, a extensão deve pautar-se em valores educativos, primando por sua integração com ensino e a pesquisa, reforçando a necessidade da transferência do conhecimento produzido nas universidades e avaliando os impactos das atividades científicas, técnicas e culturais para o desenvolvimento local, regional e nacional.

O SINAES estabeleceu como indicadores de avaliação: 

  • Concepção de extensão e interação social afirmada no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
  • Articulação das atividades de extensão com o ensino e a pesquisa e com as necessidades e demandas do entorno social.
  • Participação dos estudantes nas ações de extensão e intervenção social e o respectivo impacto em sua formação.


 Considerando as peculiaridades de cada instituição, a avaliação deve abordar três níveis inter-relacionados: 

  • Compromisso institucional com a estruturação e efetivação das atividades de extensão.
  • Impacto das atividades de extensão junto aos segmentos sociais que são alvos ou parceiros destas atividades.
  • Processos, métodos e instrumentos de avaliação das atividades de extensão.


O Izabela Hendrix assume estas orientações no seu recente Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI - Projeto Pedagógico Institucional – PPI  e Regimento da Extensão Universitária ao destacar que a construção do saber profissional está aliado ao compromisso social e que a formação do indivíduo precisa relacionar-se as situações concretas da vida e do trabalho onde os fatores políticos e sociais possam ser levados em consideração na resolução dos problemas.

Neste sentido, os documentos que tratam da Extensão possibilitam aos/às estudantes e docentes da instituição objetivam potencializar os aspectos relacionados à formação profissional a partir do reconhecimento da questão social como geradora dos fenômenos que desencadeiam processos de vulnerabilidade pessoal e social, que comprometem a vida da população e do planeta, expressos através das demandas da sociedade. A extensão se insere nesta dinâmica de crescimento do Izabela Hendrix como um passo importante na consolidação dos objetivos e das finalidades institucionais.

Regimento da Extensão Universitária: acesse aqui.


[1] Fórum Nacional de Extensão e Ação Comunitária das Universidades e Instituições de Ensino Superior Comunitárias, Outubro 2001.