Muriquis do Caparaó é tema de palestra no Izabela Hendrix
O Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix realizou, no dia 28 de novembro, a palestra “O uso de tecnologias na conservação do Muriqui do Norte” que foi ministrada pela Mestre em Zoologia de Vertebrados, Aryanne Clyvia. O objetivo da palestra foi mostrar como os usos das novas tecnologias estão sendo usadas a favor da preservação de algumas espécies.
A palestrante falou sobre como as tecnologias estão sendo aliadas nesse processo de preservação da espécie dos muriquis. “Estamos usando as novas tecnologias para ação voltada para os muriquis do norte, um primata ameaçado de extinção no Parque Nacional do Caparaó. Fazemos uso das câmeras Traps como armadilhas fotográficas no céu, colocamos o equipamento nos topos das árvores, usamos também uma metodologia conhecida como monitoramento acústico, em que instalamos alguns aparelhos para gravar os sons dentro da mata, além do uso de drones”, explicou.
Segundo a palestrante, para o acadêmico é importante ter contato com esse tipo de tecnologia durante a graduação. “É uma oportunidade para os estudantes conhecerem novas formas de trabalhar e ver a tecnologia como aliada. Usar novas metodologias para conservação da biodiversidade é muito importante”, pontuou.
De acordo com Aryanne a preservação dos muriquis é de extrema importância para manter o equilíbrio da flora. “Através da alimentação eles espalham sementes pela mata e, se não estivessem em extinção não precisaríamos reflorestar, pois eles conseguiriam manter equilíbrio. Atualmente, são menos de mil indivíduos na natureza e estamos fazendo o possível para evitar”, finalizou.
Sobre o projeto:
O Projeto Muriquis do Caparaó lança campanha de fundo coletivo para arrecadar fundos para a translocação de uma fêmea de muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus) que vive sozinha e isolada em um pequeno fragmento de mata, menor que um campo de futebol, no entorno do Parque Nacional do Caparaó. A translocação da muriqui “Bonita” para uma nova área com muriquis é de vital importância para melhorar o bem-estar da fêmea e também para a conservação da espécie, que está criticamente ameaçada de extinção. Endêmicos da Mata Atlântica, atualmente, existem menos de 900 muriquis-do-norte distribuídos em pouco mais de 10 populações pequenas e isoladas. A transferência desta fêmea para junto de outros muriquis traz nova esperança para a conservação da espécie que, além de sofrer com os impactos da fragmentação do habitat e da perda da diversidade genética, acaba de sofrer um declínio populacional devido o último surto de febre amarela.
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