Projeto de extensão do Izabela enfrenta violência doméstica e de gênero
Em agosto de 2016, o curso de Direito do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix deu início ao Projeto de Extensão Justiça pela Paz em Casa: enfrentamento da violência doméstica e da violência de gênero. O objetivo é promover reflexões sobre o tema, empoderando mulheres e meninas e conscientizando homens para a importância de sua participação no movimento.
“A Lei Maria da Penha é considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a terceira melhor lei do mundo de combate à violência contra a mulher. Entretanto, o Brasil ocupa a quinta colocação dentre 83 países pesquisados com o maior índice de homicídios contra as mulheres. A ideia de trabalhar essa temática surgiu dessa constatação: por que essa contradição? É a legislação que é falha? É algo com a sociedade brasileira?”, questiona a professora Luciana Calado Pena, coordenadora do projeto.
Conscientização dentro e fora da universidade
Atualmente, nove alunos voluntários participam do projeto e sua atuação se dá nas Varas Especializadas com as vítimas de violência doméstica. Os estudantes também promovem ações, como cine-debate, protestos pacíficos, exposição de trabalhos, desenvolvimento de Cartilha para conscientizar crianças de 7 a 12 anos de idade, discussão sobre representação política feminina e políticas públicas de igualdade no mercado de trabalho, organização de eventos e escrita de artigos.
Para Marcos Pereira da Silva, 52 anos, aluno do 6º período de Direito, a experiência no projeto tem sido bastante proveitosa. "Apesar de trabalhar na área de segurança pública como Policial Militar, não podia imaginar que realmente as situações de violência envolvendo a mulher são preocupantes e carentes de projetos tais como este para levar conscientização a comunidade escolar, tanto ao nível básico quanto ao acadêmico".
“Estamos promovendo a integração social através de um ensino concatenado com prática e teoria para além dos muros universitários, ao mesmo tempo em que cumprimos nosso papel para com os ideais de justiça social. Essa vivência do alunado com a multiplicidade de atividades que o projeto proporciona contribui para a formação de um profissional com qualificação diferenciada dos demais”, ressalta.
A docente destaca que o enfrentamento da violência de gênero é recomendado pela ONU em vários documentos oficiais, inclusive na Agenda 2030, da qual o Izabela participa ativamente por meio da Rede ODS Universidades Brasil. “Propomos ações de atuação que não focam essencialmente na litigância, mas em estratégias de empoderamento feminino e em campos outros, como, por exemplo, política, empreendedorismo, cultura, urbanismo, com o lema de que lugar de mulher é onde ela quiser, dignidade antes da caridade. Assim, acreditamos que cumprimos nosso papel social como instituição pioneira a reconhecer os direitos das mulheres e que compreende a importância da atuação feminina na sociedade”, conclui.
"A luta é contínua e necessária para buscar reflexões constantes para diminuir a incidência de tal violência. É perceptível que muitas ações têm sido feitas e que as mulheres têm procurado conscientizar sobre esta realidade, mas a tarefa ainda não está perto do fim, pois a violência ainda está muito latente entre as relações domésticas. A comunidade acadêmica tem a obrigação de fazer diferença na sociedade fazendo com que todos os trabalhos nesta área sejam conhecidos para incentivar a população a entrar também nestas batalhas do cotidiano para enfrentar a violência contra mulher", declara o aluno.
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