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Histórico

por Thiago Tamošauskas publicado 28/10/2015 10h53, última modificação 28/10/2015 10h53

A história da educação nasce com as aprendizagens humanas construídas desde a pré-história, mas é na Antigüidade que identifica-se a figura do Pedagogo, descrito como aquele que acompanhava o discípulo de mestres ou filósofos.

Na Idade Média as práticas de educação para a formação intelectual do clero e da nobreza desenvolviam-se nos conventos e mosteiros das ordens religiosas da Igreja Católica Apostólica Romana.

No século XVI a Reforma Protestante institui como princípio público a educação do povo o que exige dos estados nascentes e das ordens religiosas surgidas no período da Reforma e da Contra Reforma a formação de quadros docentes para o ensino. Nesse período histórico, destaca-se a obra Didática Magna de João Amós Comenius (1592-1670) como a primeira proposta de sistematização dos conhecimentos pedagógicos desenvolvidos até então pelas sociedades da época.

A Revolução Industrial irrompe no século XVIII e inspira o modelo de organização curricular, disciplinar e seriada do ensino que caracteriza a instituição escolar e a formação docente nos últimos séculos.

No Brasil, o Curso de Pedagogia foi criado em 1939 e formava bacharéis para os serviços técnicos educacionais, habilitando profissionais para as funções de administração, planejamento, supervisão, orientação e inspeção. Nessa proposta de formação o bacharel, após cursar três anos de estudos específicos, poderia obter o título de licenciado cursando disciplinas de formação didática e metodológica para atuar como professor. Essa dicotomia entre bacharelado e licenciatura levava ao entendimento de que no primeiro se formava o técnico em educação enquanto na licenciatura se formava o professor.

Com a Lei no 4024/61, consolidou-se para o curso de Pedagogia a proposta de formação diferenciada na fórmula (03) três anos de Bacharelado mais (01) um ano de formação docente em Licenciatura sendo fixado um currículo mínimo nacional, composto por disciplinas básicas indicadas pelo então Conselho Federal de Educação, além de outras optativas, de livre escolha da própria IES.

Com a Lei da Reforma Universitária no 5.540/68 e com o advento das idéias tecnicistas em educação, a Pedagogia sofreu a influência da especialização e o profissional pedagogo passou a ser formado para atender às necessidadesos “especialistas em educação”, através das quatro habilitações: Inspeção, Administração, Supervisão e Orientação Educacional. A Resolução do CFE no 2/69 determinava que a formação desses especialistas e de professores para o ensino normal deveria ser feita no curso de graduação em Pedagogia, com o grau de licenciado.

Na década de 80, adaptando-se às exigências do momento histórico, diversas IES promoveram reestruturações curriculares, incluindo no curso de Pedagogia a formação para a docência na Educação Pré-escolar e nas séries iniciais do então Ensino de 1o Grau.

Observa-se nessa trajetória de profissionalização do magistério que, durante muito tempo, o Curso de Pedagogia abrigou experientes professores primários. Característica essa que, com o passar do tempo, foi sendo modificada, na medida em que crescia a procura pelo curso por estudantes sem experiência e sem formação anterior para o exercício do magistério. Isso fez com que aparecessem problemas no equilíbrio entre a formação e o exercício profissional, bem como críticas quanto à suposta dicotomia entre teoria e prática.

Nesse novo cenário emergiu, então, o movimento de educadores\as para a redefinição dos cursos de Pedagogia onde, embora com posicionamentos contraditórios, a tendência foi de valorizar a docência nas séries iniciais do Ensino de 1o Grau e na Pré-Escola, como área de atuação prioritária do egresso do curso de Pedagogia. Paralelamente, aumentou a procura por cursos de especialização na área da gestão de instituições e de sistemas de ensino, o que incrementou a formação desses especialistas da educação em nível de pós-graduação.

Na década de 90, o curso de Pedagogia se consolida como o principal formador dos\as educadores\as para atuar na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na Educação de Jovens e Adultos, bem como em projetos de Educação Popular e de formação profissional. Assim, o\a pedagogo\a se reafirma como indispensável no processo educativo, não só na instituição escolar, como também em outros contextos sociais e institucionais não escolares.

O objeto da Pedagogia é a docência e a gestão compreendida como prática social da educação em contextos sociais e institucionais e visa a formação de profissionais que possam agir nos mais diversos setores da sociedade. No Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, o Curso de Pedagogia volta-se para aespaço privilegiado da prática pedagógica para a construção de processos educacionais críticos, criativos e inclusivos que promovam o bem-estar humano, a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida, respeitando as diferenças sócio-culturais e as necessidades educativas especiais.

No Parecer CNE/CP no 5, de 13 de dezembro de 2005, das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia ratificadas na Resolução CNE/CP no 03 21/02/2006, encontram-se os princípios para a construção deste Projeto Pedagógico, inspirado nas Diretrizes para a Educação na Igreja Metodista consubstanciadas no Plano para a Vida e a Missão da Igreja, adequados a legislação nacional. Especialmente, no que se refere aos paradigmas para a ação docente em espaços escolares e não-escolares, junto a estudantes em diferentes níveis de aprendizagem e modalidades da Educação Básica e no respeito às diferenças de natureza étnico-racial, de gênero e orientação sexual, classe social, religião, necessidades educacionais especiais, entre outros.